segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Votação para o nome do Mascote da Copa de 2014

*Eu particularmente achei os 3 nomes horrorosos, o Comitê organizador do evento bem que poderia colocar uns nomes mas legais para o mascote. Achei o desenho maneiro, porém os nomes não foram nada criativos. Tentaram fazer uma ligação de palavras e significados e inclusive no tupi-guarani e saiu essas "belezuras" de nomes: Amijubi, Fuleco e Zuzeco. Eu daria o seguinte nome pra ele: "Tufão". Depois do sucesso da novela eu acho que esse nome cairia com uma luva para esse mascote, huauhauhauhaa.
E vocês o que acham? Qual nome você colocaria no mascote?

Mascote da Copa do Mundo 2014

Mascote da Copa do Mundo 2014: O tatu-bola é uma espécie típica do cerrado e da caatinga brasileira e está ameaçada de extinção.

Como mascote oficial da Copa do Mundo, o Tolypeutes tricinctus, mais conhecido como tatu-bola, agora terá um nome oficial.  A criatura nativa do Brasil poderá ter um dos seguintes nomes: Amijubi, Fuleco ou Zuzeco.
Amijubi é a união das palavras "amizade" com "júbilo", duas características marcantes da personalidade do mascote, e que, segundo FIFA, refletem a maneira de ser dos brasileiro. Além disso, o nome original está ligado ao tupo guarani, em que a palavra "juba" quer dizer amarelo, cor predominante do mascote.
Fuleco é uma mistura das palavras "futebol" e "ecologia", dois componentes fundamentais da Copa do Mundo 2014. O nome do mascote mostra como essas duas palavras combinam pefeitamente e ainda incentivam as pessoas a ter mais cuidado com o meio ambiente.
Zuzeco é a formado pelas palavras "azul" e "ecologia". O azul representa a cor dos mares da costa brasileira, dois rios que cruzam o país e do nosso lindo céu. E é também a cor da carapaça especial do mascote. Pertencente a uma espécie vulnerável, o mascote também sabe o quanto é importante divulgar e incentivar a conscientização ecológica entre seus amigos do mundo inteiro.
O animal foi apresentado pelo membro do Conselho de Administração do COL, o ex-jogador Ronaldo. "Estou muito feliz por dar as boas-vindas a um membro tão importante da equipe de 2014", afirmou o maior artilheiro da história das Copas do Mundo. "A mascote vai desempenhar um importante papel de embaixador nos próximos dois anos. Tenho certeza de que vai emocionar muitos jovens torcedores no Brasil e no mundo todo com a grande paixão que tem pelo esporte e pelo seu país", concluiu.
O desenho final do animal foi escolhido pela FIFA e pelo COL após análise de 47 propostas de seis agências de publicidade brasileiras. Após muitas pesquisas, o desenho do Tatu-Bola, criado pela 100% Design, foi identificado como o favorito do principal público-alvo: crianças de 5 a 12 anos.
A escolha dos nomes foram definidas por um comitê composto por Bebeto, Arlindo Cruz (que escreveu uma música para o animal "Tatu Bom de Bola"), Thalita Rebouças, Roberto Duailibi e Fernanda Santos. Agora, a torcida terá a oportunidade de escolher entre os nomes propostos pelo comitê.  A escolha se dará por meio de uma votação no site oficial da FIFA.
A votação segue em andamento e o resultado final será anunciado no dia 25 de novembro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sonho realizado

Gabriel o menino sem os pés, realiza o seu sonho de jogar futebol vestindo a camisa do Barcelona.

Um exemplo de vida

A história do menino de 11 anos que nasceu sem os pés, e mesmo assim, a sua deficiência não foi obstáculo para ele fazer o que tanto gosta, jogar futebol.

Os melhores

O país do futebol

O que faz dos brasileiros os melhores
jogadores de futebol
do planeta: criativos,
irreverentes, indomáveis e campeões


Oscar Cabral
O futebol brasileiro é o melhor do mundo. Isso ninguém contesta. Nem os números. Ganhamos cinco Copas e poderíamos ter vencido outras tantas, se não fôssemos tão desorganizados. Sempre que houve organização – com o comandante Paulo Machado de Carvalho, em 1958 e 1962, com Zagallo e sua tropa, em 1970, e com o estudioso Carlos Alberto Parreira, em 1994 – trouxemos o caneco. Além disso, obtivemos dois vice-campeonatos (no Brasil, em 1950, e na França, em 1998) e dois terceiros lugares (1938, na França, e 1978, na Argentina). São conquistas que colocaram o Brasil no topo do ranking da Fifa.
Se os números não mentem, a mística da camisa amarela muito menos. Portanto, somos os melhores, não há dúvida. Quando entramos no campo das explicações para essa superioridade é que são elas. Há de tudo. Dizem até que Deus é brasileiro e dá uma mãozinha. Uns acham que é a formação étnica do povo, a miscigenação. Outros estão convencidos de que se trata de um traço cultural, uma suposta "malandragem". Há quem responsabilize o clima, sabe-se lá por quê, como se o calor servisse de estímulo à correria e não ao descanso. Misturam-se aí conceitos, preconceitos, ideologias e muito, muito chute. A única explicação realmente inquestionável para a supremacia brasileira nos gramados é uma palavra rasteira e bastante concreta, que irrita a intelectualidade e os poetas: massificação. O Brasil joga bem porque joga muito. É o que acontece com os americanos no basquete, os romenos na ginástica e os russos no balé clássico. É a massificação do futebol que determina o destaque que o país tem nesse e não em outros esportes. Joga-se futebol em boa parte das cerca de 2 100 praias do nosso litoral, nos terrenos baldios, nas quadras da escolinha suburbana ou no asfalto das cidades. Calculam-se em 30 milhões os brasileiros que praticam informalmente o esporte. São 580 000 os atletas amadores e profissionais organizados em 13 000 clubes. No Brasil, a bola é o brinquedo que todo garoto ganha, antes mesmo de dar os primeiros passos. O maior fabricante de brinquedos do país produz mais de 1 milhão de bolas não oficiais por ano. A Inglaterra inventou a Football Association, mas também inventou o colégio interno, de onde não dá para fugir em busca da pelada no campinho da esquina. No Brasil, a bola rola antes e depois da aula, quando não rola durante.


Alberto Sartini
A bicicleta de Leônidas da Silva: invenção de um gênio que se destacou num mar de craques
Essa massificação começa em casa e prossegue na escola, onde sempre há quadras, mesmo precárias, para a prática do vôlei, do basquete e do futebol de salão. Não é à toa que no vôlei e no basquete temos algum brilho internacional. Mas, diferentemente das outras modalidades, em que a rede e a trave, a cesta e a tabela são essenciais, o futebol tem uma prática simples, além de poucas regras, fixas e maleáveis. Pode-se praticá-lo no corredor de casa, no pátio do prédio ou num ginásio. As traves podem ser dois postes ou um par de sandálias. As linhas são dispensáveis. Qualquer criança sabe quando a bola sai do campo ou entra no gol. Uniformes são supérfluos quando um time pode jogar com camisa e o outro sem. O número de praticantes pode variar, dependendo da disponibilidade de atletas e das dimensões do campo. A bola pode ser a oficial, a de plástico que desvia com o vento ou a de borracha, que quica sem direção. Pode ser de meia, recheada de trapo, uma laranja, papel embolado e, no desespero, uma lata ou mesmo uma tampinha de cerveja.
A prática extensiva e intensiva do esporte, como sabem muito bem os dirigentes olímpicos, proporciona o surgimento de ases, que o meio aperfeiçoa e lapida. É um fenômeno conhecido: a quantidade produz qualidade. É por isso que Michael Jordan é americano, não tailandês, e Nijinsky é russo, não brasileiro. Estão aí, como fruto da quantidade do futebol, a qualidade de nomes como Didi, Baltazar, Garrincha, Ronaldo e Leônidas. Como explicar que, nos anos 30, Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", inventasse uma jogada em que o atleta chuta em gol estando de costas para a meta, de cabeça para baixo e em pleno ar? A famosa bicicleta de Leônidas exige muito mais que a evidente criatividade do gesto. Cobra uma elasticidade só possível a grandes atletas modernos. Não surpreende que dessa massa de craques tenha surgido a perfeição: Pelé. O rei não foi fabricado em laboratório. Destacou-se no meio da multidão de boleiros. É o que aconteceu com os titulares de Zagallo, tricampeões em 1970.


Florença, Itália: há séculos a turba já corria atrás da bola nas ruas das cidades européias, na terça-feira de Carnaval
"Olhar de Capitu" – Massificação, portanto, é a única razão para tamanha fartura de craques. A ginga e a irreverência do futebol brasileiro são o nosso sotaque no esporte. Os alemães jogam marchando e a seleção norueguesa aposta no chutão. O brasileiro dribla até a trave, se puder. Para que os antropólogos e sociólogos não se decepcionem, esse jeito encantador de jogar é aquilo mesmo que eles escrevem. É o reflexo da cultura de um povo que dança nos terreiros e salões e rebola na economia informal para sobreviver. Aplicado ao futebol, esse traço faz a diferença na busca do resultado pela via mais plástica, inventada e coreografada.
Essa história começou no dia em que o futebol deixou os clubes grã-finos e ganhou o campinho de pelada dos subúrbios. Em História Política do Futebol Brasileiro, o historiador Joel Rufino procura contar como o esporte bretão caiu no gosto popular e se espalhou pelo país. Segundo ele, desde a Idade Média as turbas exaltadas corriam atrás da bola pelos becos e vielas das cidades européias toda terça-feira de Carnaval. A criação da Football Association, em 1863, na Inglaterra, foi uma maneira de botar regras no jogo e tirá-lo do alcance das massas. Foi com esse espírito que ele desembarcou no Brasil pelas mãos de Charles Miller, em 1894. Mas, já nas primeiras décadas do século XX, os "ingleses" caboclos perderam o controle do esporte para a galera, e clubes de esquina começaram a aparecer em todo o país.
Não dá para negar que a agilidade com os pés – e pernas – é valorizada na cultura popular do país. Na gafieira, na capoeira, no futebol. A gente subalterna, nesta nação de ex-escravos, teve de desenvolver uma grande capacidade de dissimulação para vencer as barreiras e ludibriar a autoridade. Essas características podem ser um fator determinante do nosso jogo balançado, que se contrapõe à cintura grossa dos europeus. Garoto da cidade de Campos, no escaldante norte do Estado do Rio de Janeiro, Didi já sabia que sob o sol de 40 graus a bola é que devia correr. Lançador perfeito, o meia Didi aprendeu a bater na bola com efeitos que a desviavam do inimigo sem fugir do destino. "Chute oblíquo e dissimulado, como o olhar de Capitu", definiu o jornalista Armando Nogueira. Aplicado à cobrança de faltas, esse chute resultou na "folha-seca", o tiro em que a bola sobe muito, ganha efeito, descai abruptamente e entra rente ao travessão, para desespero do goleiro.
Gérson, o meia da seleção de 70, que fumava dois maços de cigarros por dia, estudou nessa escola. Para não correr, aprendeu a fazer lançamentos de 40 metros. É a criatividade, que muitos chamam de malandragem. Criativo ao limite, Garrincha será lembrado para sempre como um dos maiores malandros que o futebol brasileiro já produziu. Na Copa de 62, no Chile, da qual o Brasil saiu campeão, Garrincha surpreendeu com dribles desconcertantes. Um jornal de Santiago perguntou em manchete: "De que planeta saiu Garrincha?". Saiu dos campinhos de pelada do interior fluminense, onde nasceu, solto como um passarinho, da mesma maneira e ao mesmo tempo que outros milhões de garotos pobres ou ricos, de norte a sul do país. Sem o altíssimo grau de massificação que o futebol alcançou no Brasil, teríamos no máximo uma seleção como a da Romênia: habilidosa, mas que consegue reunir no máximo um ou dois craques medianos. Ou como a da Dinamarca, que bate um bolão, mas por falta de opção jogou com dois irmãos no time que levou à França, em 1998. A baixa taxa de reposição de talentos fez do bom time nórdico uma equipe sem brilho nesta Copa de 2002, ao contrário do Brasil. 

(Matéria publicada na VEJA on-line, em 30 de junho de 2002).
http://veja.abril.com.br/especiais/penta/p_048.html 

O surgimento do futebol no Brasil

O futebol, no Brasil, é crucial para o país. Foi introduzido por Charles Miller, um jovem brasileiro que, após viagem pela Inglaterra, trouxe consigo duas bolas de futebol e passou a tentar converter a comunidade de expatriados britânicos da cidade de São Paulo de jogadores de críquete para futebolistas, criando um clube de futebol no Brasil.
O futebol rapidamente se tornou uma paixão para os brasileiros, que frequentemente referem-se ao país como "a pátria de chuteiras" ou o "país do futebol". Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, o futebol movimenta R$ 16 bilhões por ano, tendo trinta milhões de praticantes (aproximadamente 16% da população total), 800 clubes profissionais, 13 mil times amadores e 11 mil atletas federados.
O futebol no Brasil começou como algo apenas praticado pela elite. Diz-se que a primeira bola de futebol do Brasil foi trazida em 1904 pelo paulista Charles Miller. A aristocracia dominava ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. Inicialmente, apenas brancos podiam jogar futebol no Brasil, dado o fato da maioria dos primeiros clubes terem sido fundados por estrangeiros. Em jogo contra o seu ex-clube, o América, o mulato Carlos Alberto no Campeonato Carioca de 1914, por conta própria, chegou a cobrir-se com pó-de-arroz para que ele parecesse branco, mas com o decorrer da partida, o suor cobria a maquiagem de pó-de-arroz e a farsa foi desfeita . A torcida do América, que o conhecia pois ele tinha sido um dos jogadores que saíram do clube na cisão interna de 1914, tendo sido campeão carioca em 1913, começou a persegui-lo e a gritar "pó-de-arroz", apelido que foi absorvido pela torcida do Fluminense Football Club clube que iniciou a pratica do futebol em 1902, que passou a jogar pó-de-arroz e talco à entrada de seu time em campo.
Na década de 20, os negros começaram a ser aceitos em outros clubes, e o Vasco foi o primeiro dos clubes grandes a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres.
Durante os governos de Vargas (principalmente) foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo, foram na Era Vargas. Em 1952, quando a população ainda lamentava a perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense Football Club elevou a autoestima do povo carioca conquistando no grande estádio a Copa Rio Internacional, embrião da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e vários outros, com Zezé Moreira no comando, o Tricolor passou por Sporting Lisboa, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna, e ao vencer o Corinthians na final, conquistou essa importante taça para o Brasil.
A vitória no Mundial de 1958 pela seleção, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, pelo mulato Garrincha e pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.
Tradicionalmente tem-se como maiores destaques do futebol nacional os times do Santos e Palmeiras, ambos possuidores de 8 títulos nacionais reconhecidos.